sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Ver a realidade como ela é

Enquanto houver apego às ideias,
não se observará o corpo, pleno.
Enquanto não se observar o corpo,
plenamente,
não se observará o apego a ele.
Enquanto houver apego ao corpo
haverá medo da morte.
Enquanto houver medo,
não haverá amor pleno.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Dia longo

e o caqui na esteira do supermercado.

o senhor ao meu lado o empurra,
para ter espaço para suas compras.
a senhorita no caixa a pega e pesa,
e me passa pela mente:

duas mãos já tocaram o caqui.
com a minha, são três.
deduzo uma quarta, que o equilibrou sobre os demais caquis
(um pouco mais verdes e, por isso, deixados lá).
é muito provável que uma outra mão tenha colhido o caqui.
e imagino que não tenha sido a mesma que o trouxe desde a árvore
até o supermercado.

Seis mãos tocaram o caqui, numa hipótese bem razoável.
Provavelmente subestimada.
E quantos lugares teriam tocado essas 6 mãos, antes de tocar o caqui?
E quantas mãos, dedudas mãos,
teriam tocado os lugares que as tais 6 mãos tinham tocado antes do caqui?


e me perco no infinito...

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

RAPoesia

Da vida sou um personagem
sem sacanagem
To por aqui só de passagem.
Mas que bobagem,
acreditar na própria imagem
e sofrer a beça,
viva essa peça,
que o diretor invisível
- sei que é incrível -
mentaliz-wu-oh.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

é bom amar


Hoje eu percebi
que não tê-la… tem seu próprio sabor.
Essa expectativa, essa… vibração…
Tensão, tesão.

E cada milésimo de segundo
que nossos olhos conversam
já ativa esse fogo,
vindo sei lá de que chakra,
essa momentânea irracionalidade, esse ímpeto instintivo
de apertar nossos corpos com suavidade
docemente morder seu pescoço
e sentir esse mind-fuckable cheiro de flores
presente da sua pele pros meus sentidos…
sabor, cor, cheiro, textura… como pode?!

beijar sua boca, beijar seu corpo
penetrar seu corpo
virar um
uno com a existência
o eu com o outro
alquimizados em puro amor
como se fosse simples assim
como se fosse fácil voltar a única realidade
a meditação em movimento…

domingo, 3 de junho de 2012

amor...


sinto cheiro de flores na sua pele
sinto tesão com o seu sorriso
perco o controle com o seu gemido
sorrio com o seu olhar
arrepio com o toque
arrepio com a lembrança

e quando, por acaso, acho seu olhar
travo e desgoverno 
- segmentation fault -

sou só instinto
quando te vejo selvagem
impulsiva, entregue, livre
puro amor, fluido amor

amor saindo de mim entrando nela
amor saindo dela entrando em mim
na dança cósmica, no yin yang invisível
no sim e no não, na luz e nas trevas,
o macho e a fêmea, a dualidade da vida

amor… tão único, tão difícil, tão paradoxal
tão poderoso e ao mesmo tempo frágil…

terça-feira, 8 de maio de 2012

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